sexta-feira, 30 de julho de 2010

Amizade


Com renovada força, refaço os caminhos já trilhados
Olho os detalhes das pastagens ao meu redor
Guardo com carinho as lembranças
Recolho folhas de vida que voam ao toque do vento de outuno

O alforge do meu coração está carregado de recordações 
Palavras profundas, amizades sinceras e carinho fraterno

Tempo de colher é tempo de silenciar
Deixar expressar-se à voz silenciosa da alma que grita

Viaja o pensamento em sons, imagens e perfumes
Megulha no espaço o olhar cansado
Emerge o olhar atento e vivo

Percebo, não por mim!!
Necessitas de mim, como necessito de ti.

Nos vemos, nos reencontramos
Não com a mesma intensidade

Mas estaremos sempre juntos.


(Escrito por: Mr.Brunos)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Lança tuas redes!!!

Fonte: site - novoamburgo.org

Cansado...?, acordaste cedo para ir ao mar?
Vento frio fez esta manhã e o sol nem havia nascido ainda quando tú já estavas de pé!
Pronto, meio sonolento mas confiante de que o sustento aos teus irá trazer.

O céu, não pode ver!, pois a escuridão da noite ainda persiste.
Eleva seus olhos as nuvens densas e escuras e roga por sucesso;

Ouve meu clamor, escuta minha voz!!
Chova em meus cestos a benevolência de vossas mãos;
Toque suave da tua misericórdia;
Compaixão infinita, amparo perpétuo;

Sobe em teu barco, rumo a mares profundos
Sopra incessante o vento leste
Abre as velas da consciêcia
Refaz o trajeto de teus passos

No meio de tua caminhada, tú te perdes!!
E perdido...
...tú te encontras;

Ouves ao longe uma voz que grita...
...dentro de Ti...


Lança tuas redes!!!


(Escrito por: Mr.Brunos)

Adversidades


As adversidades chegam quando menos esperamos. Elas não se anunciam, como as grandes tempestades ou os vulcões, elas aparecem, simplesmente. Nos pegam de assalto, nos deixam estáticos, sem reação.
E nós que pensávamos que certas coisas só aconteciam com os outros, sem nunca refletir que somos os outros de outros humanos.
Mas aprendemos que vida é luta e por isso lutamos. Deus!!! Ah, sim… nos lembramos dEle com mais freqüência. Todas as pessoas não possuem essa habilidade de cada manhã e cada noite chegar aos pés dEle para agradecer pela saúde, pela felicidade, por que tudo vai bem. Mas quando o mundo cai na nossa cabeça é como se descobríssemos essa verdade irrefutável: Deus existe!
Portanto, há ainda, com o sopro de vida, uma última esperança: a oração! Quando achamos que perdemos tudo, podemos ainda dobrar os joelhos para chegarmos à presença de Deus.
É difícil aceitar o sofrimento e a dor, mas a aceitação é o primeiro passo para melhor vivê-los, suportá-los e, quem sabe, vencê-los. Muitas vezes é necessário cairmos para que reconheçamos o quanto precisamos de uma mão; é preciso uma doença para aprendermos o valor da vida, para que saibamos o que significa união, como um balde de água fria na nossa cabeça que nos acorda e nos deixa mais atentos. Olhamos mais à nossa volta, percebemos que nossos sentimentos são mais sólidos e visíveis do que pensávamos, despertamos, talvez, para pessoas que estavam perfeitamente invisíveis aos nossos olhos.
A dor une muito mais que a felicidade, porque as pessoas procuram apoiar e se apoiar. E ela nos abre os olhos para Deus.
Não… tudo não está perdido! Mas nem sempre a solução é a que esperamos ou desejamos. É preciso que, com joelhos no chão e coração aberto possamos estar prontos para receber, não o que merecemos, mas o que precisamos, que seja a cura, a vida ou a consolação.
Jesus aceitou a cruz porque sabia que seria vitorioso. E que, hoje, possamos aprender com Ele a aceitar nossos fardos, não como castigos, mas como lições de vida.

Fonte: Blog Estudos Cristãos
(Escrito e Produção para blog por: Mr.Brunos)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A graça que eu almejo é diferente da Graça que eu necessito


Quem nunca se viu em uma encruzilhada, onde parece que todos os pontos levam a caminhos diferentes!!
Onde parece que se anda, se anda e se anda, e não se chega a ponto algum!!!



Eu já vivi isso principalmente em minha vida profissional!!

Não raro pensarmos, preciso de uma graça que me leve onde realmente mereço estar.
Sou bom demais para este emprego, bom demais para esta empresa me tratar assim...
São questionamentos que emergem de nossa mente pequena;
Mas será que estamos preparados para águas mais profundas?, será que estamos aptos a dar saltos mais altos?
Será que verdadeiramente sorvi tudo o que poderia me ser útil?, Será que sou realmente tão bom?

A graça que eu almejo é diferente da Graça que eu necessito...

No deserto, enquanto o povo caminhava, pediam a Deus alimento; Deus fez descer do céu o Maná - o povo reclamou, lembrando-se do tempo em que viviam sob a pesada mão do faraó, mas tinham carne!!!. Pediram Carne e eis que choveu sobre eles codornizes e reclamaram.

Será que somos tão diferentes deste povo?, será que nos dias atuais não vemos traços deles em meio a nossas vidas, nossas atitudes, nossos pensamentos?

Desejo, neste dia, que você tenha sabedoria para enxergar além de teus olhos; Deus sabe o que é melhor para você, e que, viver as demoras de Deus é crescer, aprender e perseverar na fé e no conhecimento de si.


(Escrito por: Mr.Brunos)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cyberbullying: a violência virtual (Fonte: Nova Escola)

Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender

Beatriz Santomauro (bsantomauro@abril.com.br)
 
 
 
 
Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas "imperfeições" - e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como pesquisadores, médicos e professores o encaram vem mudando. Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como "intimidar" ou "amedrontar"). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse tipo.

Nesta reportagem, você vai entender os três motivos que tornam o cyberbullying ainda mais cruel que o bullying tradicional.

- No espaço virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo.

- Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular - e muitas vezes se expõem mais do que devem.

- A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o(s) agressor(es), o que aumenta a sensação de impotência.

Raissa*, 13 anos, conta que colegas de classe criaram uma comunidade no Orkut (rede social criada para compartilhar gostos e experiências com outras pessoas) em que comparam fotos suas com as de mulheres feias. Tudo por causa de seu corte de cabelo. "Eu me senti horrorosa e rezei para que meu cabelo crescesse depressa."

Esse exemplo mostra como a tecnologia permite que a agressão se repita indefinidamente (veja as ilustrações ao longo da reportagem). A mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo e uma foto publicada na internet acaba sendo vista por dezenas ou centenas de pessoas, algumas das quais nem conhecem a vítima. "O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público", destaca Aramis Lopes, especialista em bullying e cyberbullying e presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria. Ele chama a atenção para o fato de que há sempre três personagens fundamentais nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e a plateia. Além disso, de acordo com Cléo Fante, especialista em violência escolar, muitos efeitos são semelhantes para quem ataca e é atacado: déficit de atenção, falta de concentração e desmotivação para os estudos (leia mais na próxima página).

Esse tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Na comparação com o bullying tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro. Agora, com sua intimidade invadida, todos podem ver os xingamentos e não existe fim de semana ou férias. "O espaço do medo é ilimitado", diz Maria Tereza Maldonado, psicoterapeuta e autora de A Face Oculta, que discute as implicações desse tipo de violência. Pesquisa feita este ano pela organização não governamental Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento.

Cyberbullying: a violência virtual (Fonte: Nova Escola)

 Um xinga, o outro chora e o resto cai na risada
 





Quando se trata de bullying e cyberbullying, é comum pensar que há apenas dois envolvidos: a vítima e o agressor. Mas os especialistas alertam para um terceiro personagem fundamental: o espectador. Veja a seguir o que caracteriza a ação de cada um deles nos casos de violência entre os jovens.

Vítima
Costuma ser tímida ou pouco sociável e foge do padrão do restante da turma pela aparência física (raça, altura, peso), pelo comportamento (melhor desempenho na escola) ou ainda pela religião. Geralmente, é insegura e, quando agredida, fica retraída e sofre, o que a torna um alvo ainda mais fácil. Segundo pesquisa da ONG Plan, a maior parte das vítimas - 69% delas - tem entre 12 e 14 anos. Ana Beatriz Barbosa Silva, médica e autora do livro Bullying: Mentes Perigosas na Escola, cita algumas das doenças identificadas como o resultado desses relacionamentos conflituosos (e que também aparecem devido a tendências pessoais), como angústia, ataques de ansiedade, transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, além de fobia escolar e problemas de socialização. A situação pode, inclusive, levar ao suicídio. Adolescentes que foram agredidos correm o risco de se tornar adultos ansiosos, depressivos ou violentos, reproduzindo em seus relacionamentos sociais aqueles vividos no ambiente escolar. Alguns também se sentem incapazes de se livrar do cyberbullying. Por serem calados ou sensíveis, têm medo de se manifestar ou não encontram força suficiente para isso. Outros até concordam com a agressão, de acordo com Luciene Tognetta. O discurso deles vai no seguinte sentido: "Se sou gorda, por que vou dizer o contrário?" Aqueles que conseguem reagir alternam momentos de ansiedade e agressividade. Para mostrar que não é covarde ou quando percebe que seus agressores ficaram impunes, a vítima pode escolher outras pessoas mais indefesas e passam a provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo.

Agressor
Atinge o colega com repetidas humilhações ou depreciações porque quer ser mais popular, se sentir poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, se sente satisfeito com a reação do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima. O anonimato possibilitado pelo cyberbullying favorece a sua ação. Usa o computador sem ser submetido a julgamento por não estar exposto aos demais. Normalmente, mantém esse comportamento por longos períodos e, muitas vezes, quando adulto, continua depreciando outros para chamar a atenção. "O agressor, assim como a vítima, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar valores esquecidos ou formar novos", explica Luciene.

Espectador
Nem sempre reconhecido como personagem atuante em uma agressão, é fundamental para a continuidade do conflito. O espectador típico é uma testemunha dos fatos: não sai em defesa da vítima nem se junta aos agressores. Quando recebe uma mensagem, não repassa. Essa atitude passiva ocorre por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido. "O espectador pode ter senso de justiça, mas não indignação suficiente para assumir uma posição clara", diz Luciene. Também considerados espectadores, há os que atuam como uma plateia ativa ou uma torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo. Eles retransmitem imagens ou fofocas, tornando-se coautores ou corresponsáveis.

Cyberbullying: a violência virtual (Fonte: Nova Escola)

Aprender a lidar com a própria imagem é o primeiro passo

Luciene Tognetta, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que por volta dos 10 ou 12 anos a criança passa a buscar, no convívio social, referências diferentes das que sempre recebeu em casa, dando continuidade ao processo de construção de sua personalidade. "Essa é a época de aprender a lidar com a própria imagem. Se essa criança se conhece e gosta de como é, consegue manifestar sentimentos e pensamentos de maneira equilibrada. Do contrário, pode sentir prazer em menosprezar o outro para se afirmar."

Logo em seguida, juntamente com a entrada na adolescência, vem a necessidade de pertencer a um grupo. Nesse momento, basta sair um pouco do padrão (alto, baixo, gordo, magro) para ser provocado. Foi o que aconteceu com Aline, 14 anos. Ela recebia mensagens de uma colega falando que estava gorda. A agressora, que a ameaçava e a proibia de contar sobre essas conversas, mandava também dietas e dizia que, caso não perdesse peso, iria apanhar. A professora das duas lembra: "Ela fez de tudo para agradar à colega e seguiu as indicações porque sentia medo. A escola e os pais só desconfiaram que havia algo de errado porque perceberam uma mudança repentina no comportamento da vítima".

Algumas escolas já estão cientes de que é preciso um acompanhamento permanente para afastar as agressões do cotidiano. A EM Fernando Tude de Souza, no Rio de Janeiro, por exemplo, atacou o problema com atividades que buscam garantir o bom relacionamento entre os estudantes. "Reuniões conjuntas com pais e alunos e um olhar atento ao comportamento dos jovens dentro e fora de sala de aula precisam entrar no planejamento", afirma a coordenadora pedagógica Tânia Maselli Saldanha Leite (leia no quadro abaixo as principais ações que toda escola pode adotar, tanto para prevenir o problema como para combatê-lo, quando o caso já se tornou público).
Prevenção e solução nas mãos da escola
De acordo com os especialistas, a escola precisa encarar com seriedade as agressões entre os alunos. O cyberbullying não pode ser visto como uma brincadeira de criança. A busca pela solução ou pela prevenção inclui reunir todos - equipe pedagógica, pais e alunos que estão ou não envolvidos diretamente - e garantir que tomem consciência de que existe um problema e não se pode ficar omisso. Veja, a seguir, ações ao alcance das escolas.

- Como prevenir
Ensinar a olhar para o outro Criar relacionamentos saudáveis, em que os colegas tolerem as diferenças e tenham senso de proteção coletiva e lealdade. É preciso desenvolver no grupo a capacidade de se preocupar com o outro, construindo uma imagem positiva de si e de quem está no entorno.

Deixar a turma falar Num ambiente equilibrado, o professor forma vínculos estreitos com os estudantes, que mostram o que os deixa descontentes e são, de fato, reconhecidos quando estão sofrendo - o que é diferente de achar que não há motivo para se chatear.

Dar o exemplo Se a equipe da escola age com violência e autoritarismo, os jovens aprendem que gritos e indiferença são formas normais de enfrentar insatisfações. Os professores sempre são modelo (para o bem e para o mal). 

Mostrar os limites É essencial estabelecer normas e justificar por que devem ser seguidas. Às vezes, por medo de ser rígidos demais, os educadores deixam os adolescentes soltos. Mas eles nem sempre sabem o que é melhor fazer e precisam de um norte.

Alertar para os riscos da tecnologia O aluno deve estar ciente da necessidade de limitar a divulgação de dados pessoais nos sites de relacionamento, o tempo de uso do computador e os conteúdos acessados. Quanto menos exposição da intimidade e menor o número de relações virtuais, mais seguro ele estará.

Ficar atento Com um trabalho de conscientização constante, os casos se resolvem antes de estourar. Reuniões com pais e encontros com grupos de alunos ajudam a evitar que o problema se instale.

- Como resolver
Reconhecer os sinais Identificar as mudanças no comportamento dos alunos ajuda a identificar casos de cyberbullying. É comum as vítimas se queixarem de dores e de falta de vontade de ir à escola.

Fazer um diagnóstico Uma boa saída é realizar uma sondagem, aplicando questionários para verificar como os alunos se relacionam - sem que sejam identificados. As informações servem de base para discussões sobre como melhorar o quadro. Quando os alunos leem, compartilham histórias e refletem sobre elas, ficam mais comprometidos.

Falar com os envolvidos Identificados os indícios, é hora de conversar com a vítima e o agressor em particular - para que não sejam expostos. A escola não pode legitimar a atuação do agressor nem puni-lo com sanções não relacionadas ao mal que causou, como proibi-lo de frequentar o intervalo. Se xingou um colega nos sites de relacionamento, precisa retirar o que disse no mesmo meio para que a retratação seja pública. A vítima precisa estar fortalecida e segura de que não será mais prejudicada. Ao mesmo tempo, o foco deve se voltar para a recuperação de valores essenciais, como o respeito.

Encaminhar os casos a outras instâncias Nas situações mais extremas, é possível levar o problema a delegacias especializadas em crimes digitais. Para que os e-mails com ameaças possam ser tomados como prova, eles devem ser impressos, mas é essencial que também sejam guardados no computador para que a origem das mensagens seja rastreada. Nos sites de relacionamento, existe uma opção de denúncia de conteúdos impróprios em suas páginas e, em certos casos, o conteúdo agressivo é tirado do ar.

Cyberbullying: a violência virtual (Fonte: Nova Escola)

Mesmo quando a agressão é virtual, o estrago é real

O cyberbullying é um problema crescente justamente porque os jovens usam cada vez mais a tecnologia - até para conceder entrevistas, como fez Ana, 13 anos, que contou sua história para esta reportagem via MSN (programa de troca de mensagens instantâneas). Ela já era perseguida na escola - e passou a ser acuada, prisioneira de seus agressores via internet. Hoje, vive com medo e deixou de adicionar "amigos" em seu perfil no Orkut. Além disso, restringiu o aceso ao MSN. Mesmo assim, o tormento continua. As meninas de sua sala enviam mensagens depreciativas, com apelidos maldosos e recados humilhantes, para amigos comuns. Os qualificativos mais leves são "nojenta, nerd e lésbica". Outros textos dizem: "Você deveria parar de falar com aquela piranha" e "A emo já mudou sua cabeça, hein? Vá pro inferno". Ana, é claro, fica arrasada. "Uso preto, ouço rock e pinto o cabelo. Curto coisas diferentes e falo de outros assuntos. Por isso, não me aceitam." A escola e a família da garota têm se reunido com alunos e pais para tentar resolver a situação - por enquanto, sem sucesso.

Pesquisa da Fundação Telefônica no estado de São Paulo em 2008 apontou que 68% dos adolescentes ficam online pelo menos uma hora por dia durante a semana. Outro levantamento, feito pela ComScore este ano, revela que os jovens com mais de 15 anos acessam os blogs e as redes sociais 46,7 vezes ao mês (a média mundial é de 27 vezes por semana). Marcelo Coutinho, especialista no tema e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que esses estudantes não percebem as armadilhas dos relacionamentos digitais. "Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer amigos como para comprar, aprender ou combinar um passeio."

No cinema, essa overdose de tecnologia foi retratada em As Melhores Coisas do Mundo, de Laís Bodanzky. A fita conta a história de dois irmãos que passam por mudanças no relacionamento com os pais e os colegas. Boa parte da trama ocorre num colégio particular em que os dois adolescentes estudam. O cyberbullying é mostrado de duas formas: uma das personagens mantém um blog com fofocas e há ainda a troca de mensagens comprometedoras pelo celular. A foto de uma aluna numa pose sensual começa a circular sem sua autorização.

Na vida real, Antonio, 12 anos, também foi vítima de agressões pelo celular. Há dois meses, ele recebe mensagens de meninas, como "Ou você fica comigo ou espalho pra todo mundo que você gosta de homem". Os amigos o pressionam para ceder ao assédio e, como diz a coordenadora pedagógica, além de lidar com as provocações das meninas, ele tem de se justificar com os outros garotos.

Cyberbullying: a violência virtual (Fonte: Nova Escola)

Online, o agressor pode agir sem que precise se identificar

A terceira principal marca do cyberbullying é a possibilidade de o agressor agir na sombra. Ele pode criar um perfil falso no Orkut ou uma conta fictícia de e-mail (ou ainda roubar a senha de outra pessoa) para mandar seus recados maldosos e desaforados. Paulo, 19 anos, teve sua foto publicada sem autorização na internet durante três anos (a imagem era uma montagem com seu rosto, uma boca enorme e uma gozação com um movimento que fazia com a língua). Ele nunca conseguiu descobrir quem eram seus algozes. "Eu não confiava mais em nenhum dos meus colegas", lembra. Seu desempenho escolar caiu e ele foi reprovado. Pediu transferência, mas, mesmo longe dos agressores, ainda sente os efeitos da situação. Toma medicamentos e tem o acompanhamento de um psicólogo. Tudo indica que os que o atazanavam na sala de aula estavam por trás do perfil falso.

E essa situação é totalmente nova na comparação com o bullying tradicional. Para agredir de forma virtual, não é necessário ser o mais forte, pertencer a um grupo ou ter coragem de se manifestar em público, no pátio da escola ou na classe. Basta ter acesso a um celular ou à internet. Por isso, muitos desses novos agressores nem sabem dizer por que fazem o que fazem. Na pesquisa da ONG, metade deles respondeu a essa pergunta com frases como "foi por brincadeira", "não sei" e "as vítimas mereciam o castigo". Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisa da Psicologia da Informática, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), diz que, "no bullying cara a cara, o agressor vê que a humilhação faz efeito porque a vítima sofre em público. Agora, basta imaginar esse sofrimento para o jovem se sentir realizado com a provocação virtual". Num ambiente em que essa dinâmica se instala, está claro que as relações não estão construídas com base em valores sólidos. Por isso, trabalhar para que o cyberbullying deixe de fazer parte da rotina é uma tarefa de toda a equipe escolar.


Reportagem sugerida por 11 leitores: Anderson Abreu, Campo Largo, PR, Cássia Santos Virgens, Salvador, BA, Eder Silva, Barretos, SP, Edgard Fraga Moreira da Silva, Jaú, SP, Estela Santos, São Paulo, SP, Jeice Miranda, Porto Alegre, RS, Luzia Marta de Abreu Rangel, Belo Horizonte, MG, Marcia Christianni Freitas, Ribeirão da Neves, MG, Nara Santos Lima, Rondonópolis, MT, Rafaela Rodrigues Pimetel Servilha, São Paulo, SP, e Tainá Borghi, Salvador, BA

*Os nomes foram trocados para preservar a identidade dos entrevistados.

Cyberbullying: Violência virtual


Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas "imperfeições" - e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como pesquisadores, médicos e professores o encaram vem mudando. Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como "intimidar" ou "amedrontar"). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse tipo.

Nesta reportagem, você vai entender os três motivos que tornam o cyberbullying ainda mais cruel que o bullying tradicional.

- No espaço virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo.

- Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular - e muitas vezes se expõem mais do que devem.

- A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o(s) agressor(es), o que aumenta a sensação de impotência.

Raissa*, 13 anos, conta que colegas de classe criaram uma comunidade no Orkut (rede social criada para compartilhar gostos e experiências com outras pessoas) em que comparam fotos suas com as de mulheres feias. Tudo por causa de seu corte de cabelo. "Eu me senti horrorosa e rezei para que meu cabelo crescesse depressa."

Esse exemplo mostra como a tecnologia permite que a agressão se repita indefinidamente (veja as ilustrações ao longo da reportagem). A mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo e uma foto publicada na internet acaba sendo vista por dezenas ou centenas de pessoas, algumas das quais nem conhecem a vítima. "O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público", destaca Aramis Lopes, especialista em bullying e cyberbullying e presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria. Ele chama a atenção para o fato de que há sempre três personagens fundamentais nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e a plateia. Além disso, de acordo com Cléo Fante, especialista em violência escolar, muitos efeitos são semelhantes para quem ataca e é atacado: déficit de atenção, falta de concentração e desmotivação para os estudos (leia mais na próxima página).

Esse tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Na comparação com o bullying tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro. Agora, com sua intimidade invadida, todos podem ver os xingamentos e não existe fim de semana ou férias. "O espaço do medo é ilimitado", diz Maria Tereza Maldonado, psicoterapeuta e autora de A Face Oculta, que discute as implicações desse tipo de violência. Pesquisa feita este ano pela organização não governamental Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento.

(Fonte: NOVA ESCOLA)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Creia, Tomé!!!

Quantas vezes tu precisas cair, para que Eu me levante em sua vida?
Quantas vezes preciso gritar, para que possas me ouvir?
Quantas cruzes maiores que aquela que carreguei, preciso levar sobre meus ombros?

Olha nos meus olhos!!!

Ouça minha voz!!!

Sinta a Paz que de Mim emana;

Veja minhas chagas...

EU SOU.

Poe aqui tua mão, Toca o Meu coração, Toca Minhas chagas...

SOU TUA PAZ!!!




(Escrito e Produção para blog por: Mr.Brunos)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dois Olhares


Para onde me levas oh olhar?
Para onde vais meu pensamento...

Se te escondes em cores, tons, matizes...
Onde achareis tú?

Nas sutilezas escondidas, ou nas minudências do acaso...
Profundas investiduras de um ser inquietante...
Silêncio barulhento que atordoa a alma

Inflamas com ardor o desejo
penetra a carne
transforma
ilumina

pequeno, grande, frágil e forte momento
contraditório mas conexo

Moldas com ternura e leveza
demonstra forma
delicadeza
lógica
amor

quimera lúcida e clara
presencial devaneio
onde o meu olhar se funde ao teu olhar.


Dedicado àquela que meu coração ama...


(Escrito e Produzido por: Mr.Brunos)

Lágrimas da Alma


Choro, mas as lágrimas não escorrem mais...
Secaram como minha esperança;
Já não grito, pois sei que minha voz não pode ser ouvida;

Lamento pelos meus sonhos, pois não mais poderão ser realizados e já não os sonho como sonhava antigamente. Na verdade, já não durmo!

Pereço como fruta ou como a carne de alguma caça abatida; sou rodeado pelos abutres.
Em minha boca, a língua seca assemelha-se a um pedaço de pedra, não consigo engolir; e falar?, já não sei!.

Agora acho que estou bem, a fome se foi...
Meu corpo se acostumou com a ausência de comida;
acho que vou dormir..., minhas pernas e mãos que antes estavam dormentes, parecem melhores.

Não me sinto só, tenho estas aves a me envolver, a me guardar e a me dar o abraço que o mundo não deseja me dar.

Se para alguns não sou útil, para elas sou alimento, sou vida...

(Escrito por: Mr.Brunos)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Espelho da Alma

Lancei meu olhar ao longe
Busquei um ponto de apoio
Enchi meus pulmões de ar
Senti..., estou vivo!!

Agora espero voltar o olhar lançado
Como dardo inflamado de amor, acertas o meu coração
Volto a Ti e o ponto de apoio encontro
Meus pulmões, meu coração, meu ser... tudo imerso em Vós
Luz da Luz, Amor verdadeiro

És a razão de toda alegria
Sejas candeeiro a iluminar minh'alma
Dissipas as trevas com o Teu brilho

Adoro, Creio, Amo, Venero, Espero, Busco...

Voltei ao primeiro amor!!

(Escrito por: Mr.Brunos)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Perfeição

Seus traços físicos não são perfeitos, mas o perfeito habita Nele;

Dizem os estudiosos que Jesus não tinha os olhos Azuis e nem verdes e seus cabelos não eram brilhantes e lisos como vemos por aí!!!, mas que sua aparência era idêntica a dos povos nórdicos do deserto...

Imagino um homem de semblante carregado, pele marcada pelo sol e pela chuva, pés e mãos ressequidos pela aridez do solo, cabelo empoeirado das longas jornadas pelo deserto...

Vem em minha mente a figura de um povo, nosso povo...
Marcados pela fome, sede, exclusão;
É marginalizado e não amado;
Os seus o detesta e a ele pouco é reservado.

Nas ruas, sua alimentação é o lixo, as sobras, os detritos;
Fedem, mas ninguém oferece a eles um banho;
Ninguém pergunta a eles o que sentem;
O que querem, ou por quais caminhos andam o seu pensar...

Errantes como Nosso Senhor, batem na porta da ignorância humana;
Insistem em lutar, quando o mundo os sufoca com porções de demagogia e exploração.

Seus frutos benditos, são malditos à esta terra e herdam o que ninguém deseja;
O descaso, a opressão, o medo e as marcas dolorosas das lembranças.

Você deve estar se perguntando: "E a perfeição?"

A resposta está no olhar...
No respirar...
Na vontade de que cada dia seja um novo dia...
Um novo recomeçar.

Está na vida.

Dentro deles também habita a Perfeição; dentro deles há o sopro da vida.

Há Deus!!!

(Escrito por: Mr.Brunos)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

É tempo de plantar

Caminhando por um terreno que comprei, vi algo que me deixou triste...

Havia bem no centro uma árvore, linda, copas altas, raízes fortes.
Era uma árvore que se destacava no ambiente, pela sua opulência.
O terreno estava coberto de mato; uma gramínea vasta que se entrelaçava.

Pensei logo, vou cortá-las, limpar este terreno todo!!
Mas minha tristeza era como fazer?, quem poderia me ajudar?
Já que se tratava de uma monumental escultura arbórea...
Resolvi chamar um morador que era conhecido nas redondezas por executar
trabalhos dessa natureza.

Ele chegou, olhou e me disse...
Está na hora mesmo de cortá-la;
Veja as folhas como estão caidas!!
Veja como a casca está grossa!!
Não acredito?, disse ele...

Pensei: isso vai sair caro...
mas resolvi atrever-me a perguntar.
O que o senhor não acredita?
Passei tantas vezes por este terreno e nunca havia percebi as frutas dessa árvore;
Em minha terra, Jenipapo era Luxo, só os ricos tinham uma árvore assim...
Disse-me ele.

E começou a contar da vida simples do sertão.

Não tinhamos água encanada, as cisternas eram muito profundas pela escassez das chuvas
O solo desprovido de umidade, proporcionava uma magra colheita.
Quem tinha dinheiro, regava suas terras com fontes de águas inesgotáveis.
E lá dava até Jenipapo, pois ela necessita de muita água para viver.
Nós não tinhamos como plantá-la, pois não haviam condições para este fim.
Mal tinhamos água para beber!!!

E enquanto ele falava, ia aos poucos recortando da paisagem a figura magistral.

Perdi a atenção em pensamentos soltos...
Remeti-me a Homilia que ouvira no final de semana
Ela falava sobre a frutuosidade da semente caida em terra fértil.

Quando retornei a consciência, ví lágrimas a escorrer pela face cansada daquela figura.
1,60m de altura, rosto queimado pelo sol, cabelos pretos voltados para trás...
Pés descalços, sujos pelo tempo...
Tímidos soluços escondidos e voz embargada.

Com sua simplicidade e humildade explicou-me:
Lembro-me de quando saiamos para  plantar...
As sacas cheias, as ferramentas, tudo era trabalhoso, pesado, vida dura...
Entre prantos, quando criança iamos nós com nosso Pai à dura lida.
Passado alguns meses, voltavamos felizes para o campo para buscar a dádiva dos céus.
As semente plantadas entre lágrimas, acabavam sendo colhidas entre sorrisos e festa.
Hoje não tenho mais meus Pais, e meus irmãos..., já não os vêjo a algum tempo!!

E derramo lágrimas por aprender hoje, conversando com o senhor...
Que devo ensinar ao meu filho as lições que a vida me deu.
Pois, assim como este Jenipapeiro um dia deu frutos e hoje encerra sua vida...
Amanhã serei eu a encerrar a minha jornada.

Percebo que é tempo de plantar.
Que minhas lágrimas originadas pela dor, ao tocar o solo,
transformam-se em vida.

Aprendi então com aquele homem simples:
Algumas vezes necessito arrancar as cascas que me tornam duro diante da vida;
Preciso levar-me a compreender que as lágrimas virão e que as vitórias também;
E principalmente, que o hoje não é tempo de colher e sim de plantar...
Pois o que planta entre lágrimas, com alegria colherá.

(Escrito por: Mr.Brunos)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O Cego no caminho

Me ponho a imaginar que estou na condição de um cego às margens de uma estrada...

Sinto-me só, o vento corta meu rosto e a poeira da estrada árida beija suavemente minha face...

Como sempre estive, assim estou; imerso em minha escuridão contemplativa.

Rogando pela misericórdia e compaixão dos viandantes;
peço esmolas.

Assim como você, tenho sonhos, não com as mesma cores, tons, matizes

Mas tenho meus sonhos, desejos, vontades...

Queria ver a cor deste calor que me envolve, chamado sol.
Que você vê todos os dias e que parece algo banal, igual, sem graça...
Desejo saber como é minha face e que tons compõem a água...
Desejo saber como é olhar e ver o rosto de meus pais, de meus irmãos e amigos

Ouço ao longe gritos de alegria
Pergunto-me: "O que causa tal alvoroço?"

Meu coração dispara, minha boca está ressequida pela aridez desta minha terra;
interpelo a um e outro que por mim passa...

"O que acontece?"

Nada me respondem, só mais gritos e euforia
Fico eufórico também...
A sensação eufórica é contagiante, é como se a alegria deles fosse a minha...
E a intensidade do momento é tão forte, que não consigo me conter...
Pergunto com mais intensidade e alguém me ouve e diz:

Aquele que pode curar todas as feridas
Reconstruir todas as habitações destruídas
Aquele que ensinava no templo
Aquele que Era, É e Sempre Será
Passa por aqui...

Sinto que este é meu momento;
Mandam-me calar. Não me calo...
A minha alegria me faz gritar...
Meu coração acelera-se mais e minha voz se intensifica em clamor...
Meus olhos vêem uma luz que jamais viram
Figuras que desconheço
 
Vejo Tua face...

Algo me diz que serei eternizado, junto com Sua ternura e compaixão.

Você passou..., se foi...

Será que um dia nos encontraremos novamente aqui em Jericó?


(Escrito por: Mr.Brunos)

Recordação

Como queria voltar no tempo
Brincar como criança
Correr no chão de terra batida de minhas lembranças
Ouvir o cantar do galo
O muar das vaquinhas no cercado
O belo canto do sabiá

Ver o sol nascer e se pôr além das montanhas
Ouvir a cantiga do Riacho
Sentir o gosto incomparável do leite fresco
Comer um queijinho com doce de leite que a vó fazia

Ouvir sua voz...
Algumas vezes me dando broncas por travessuras
outras vezes me acalmando por causa de um machucado
Saudade de levar bronca por ser criança esperta, que entra no meio da conversa
Que sem ter medo, diz o que pensa
Vontade de sentir seu abraço...

Vontade de ouvir meu nome sendo entoado por sua voz...
De rir com seu riso...
De chorar com suas Lágrimas...
De ser como o Super-Homem e fazer o tempo voltar..., voando em volta da órbita terrestre.
Um homem
É isso que me tornei...

Remonto seus passos e não chego a lugar algum...
Suas pegadas se apagaram
Seu sorrir, já não ouço
O colo que me dava alento...; já não o tenho
Mas em mim estará sempre a lembrança

Do que Tu és, Tu fostes e do que sempre serás

Uma Doce, Singela e Humilde

Recordação.

(Escrito por: Mr.Brunos)